PL Antifacção: Motta insiste em votação sem consenso nesta terça

Presidente da Câmara promove discussões em busca de apoio para o projeto apesar da oposição

PL Antifacção: Motta insiste em votação sem consenso nesta terça
Metrópoles

Hugo Motta leva o PL Antifacção ao plenário, ignorando pedidos de adiamento.

PL Antifacção em votação: Motta ignora apelos por adiamento

Na manhã desta terça-feira, 18 de novembro de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), leva ao plenário o aguardado PL Antifacção. A decisão ocorre em meio a pressões de diversos setores políticos que sugerem o adiamento da votação. Apesar das advertências, Motta se prepara para um dia repleto de reuniões com lideranças governamentais e opositores, buscando consolidar apoio para a proposta.

Reuniões estratégicas para a votação do PL

Motta começa seu dia com um encontro às 9h com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o relator do projeto, Guilherme Derrite (PP-SP); e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O objetivo é discutir os possíveis ajustes no relatório da proposta, que já enfrenta críticas por diversos ângulos.

Às 14h30, o presidente da Câmara se reunirá com os líderes partidários. Durante uma avaliação anterior, os líderes do PT e do PL manifestaram a opinião de que o melhor caminho seria o adiamento da votação. Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a situação atual como uma “bagunça legislativa”, refletindo a incerteza que permeia o clima político.

Proposta de equiparação entre facções e organizações terroristas

O PL Antifacção se propõe a equiparar facções criminosas a organizações terroristas, uma proposta defendida por algumas lideranças da direita. O relator Guilherme Derrite já modificou o texto, retirando trechos que limitavam a autonomia da Polícia Federal e incluindo definições mais claras sobre facções criminosas. Essa mudança visa atender a demandas de diversos segmentos políticos que buscam um endurecimento das penas e um combate mais eficaz ao crime organizado.

Críticas e incertezas em torno do projeto

A principal crítica ao projeto reside na destinação de fundos à Polícia Federal, que é vista como um ponto controverso. A resistência à proposta de Derrite reflete a dificuldade em encontrar um consenso entre os partidos, especialmente entre aqueles de posições opostas no espectro político. Lindbergh Farias revelou que a base governista está preparada para votar, contanto que o texto seja apresentado com antecedência.

O papel de Guilherme Derrite no processo legislativo

Guilherme Derrite, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, tem enfrentado pressões para incluir no texto uma equiparação mais rigorosa entre facções e organizações terroristas. No entanto, ele tem optado por seguir um caminho independente, buscando estabelecer um novo marco legal que facilite o combate ao crime organizado sem alterar a Lei Antiterrorismo vigente. A proposta é uma tentativa de criar uma estrutura jurídica que responda eficazmente às exigências do crime organizado no Brasil.

O cenário para a votação do PL Antifacção é complexo e repleto de incertezas, com líderes de diferentes partidos buscando uma forma de alinhar suas posições antes do momento decisivo no plenário.

Fonte: www.metropoles.com

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