PL da Anistia: Vereador do PL Detona ‘Centrão’ Após Mudança de Rumo Articulada por Temer, Aécio e Paulinho da Força

O vereador Ingo Câmara (PL-Florianópolis) criticou duramente o Centrão, classificando-o como o “câncer do país”, após a reviravolta no projeto de lei da anistia. A mudança de estratégia, liderada por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), representa, segundo ele, uma traição aos defensores da anistia ampla aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro. A declaração de Câmara expõe a crescente tensão em torno da proposta e seus desdobramentos.

A alteração no curso do projeto ocorreu após uma reunião em São Paulo envolvendo o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). O trio decidiu modificar a proposta original, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), focando agora na modulação das penas impostas pelo STF, abandonando a ideia de anistia total. Essa nova abordagem visa, aparentemente, uma solução mais palatável para diferentes setores.

“A nova estratégia será focada na dosimetria”, declarou Paulinho da Força, justificando o reposicionamento político ao lado de Temer e Aécio. O objetivo, segundo ele, é reduzir as penas de forma proporcional e “superar a polarização entre extrema-direita e extrema-esquerda”. Essa mudança, no entanto, sepulta o conteúdo original que previa o perdão a atos políticos praticados desde o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Embora a urgência do projeto original tenha sido aprovada, o novo movimento liderado por Paulinho da Força esvazia o conteúdo inicial e busca um alinhamento com setores do Judiciário e da opinião pública que defendem uma alternativa “intermediária”. A proposta de anistia ampla vinha sendo defendida por lideranças da direita e conservadores, que argumentam que os condenados foram vítimas de processos judiciais com abusos.

A próxima etapa envolve reuniões com líderes partidários para definir os parâmetros da nova versão do projeto. Ainda não está claro se Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão, será incluído entre os beneficiários da proposta de modulação. O futuro do PL da Anistia permanece incerto, enquanto as negociações e articulações políticas continuam.

Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br

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