Discussões éticas emergem com nova proposta de edição genética

A Manhattan Genomics, de Nova York, propõe editar genes de embriões humanos para eliminar doenças hereditárias, reacendendo a polêmica de 2018.
Em Nova York, no dia 3 de novembro de 2025, a startup Manhattan Genomics provocou um novo debate ao anunciar planos de editar genes de embriões humanos para eliminar doenças hereditárias. A proposta, que ecoa o escândalo de 2018 envolvendo o cientista He Jiankui, levanta questões éticas e científicas significativas.
O que propõe a Manhattan Genomics
A empresa, fundada por Cathy Tie e Eriona Hysolli, busca corrigir mutações em embriões na fase inicial de desenvolvimento. A equipe inclui especialistas renomados, como o médico de fertilização in vitro Norbert Gleicher e biólogos do Centro Nacional de Pesquisa com Primatas da OHSU. Tie acredita que o maior desafio será tornar a ideia de edição genética mais aceita pela sociedade, enfatizando que a remoção de uma mutação não só evita doenças em indivíduos, mas também pode eliminar essas condições em gerações futuras.
Questões éticas e riscos envolvidos
No entanto, a tecnologia não está isenta de riscos. Editar o gene errado poderia resultar em câncer ou outras complicações de saúde, que seriam transmitidas para descendentes. Tie ressalta que a empresa ainda está em uma fase inicial e precisará de aprovação da FDA para avançar para aplicações clínicas. Além disso, Turner, um dos envolvidos, garantiu que o trabalho será realizado de maneira transparente e sob supervisão independente.
Possíveis alvos da pesquisa
Entre os alvos da pesquisa estão condições como:
- Doença de Huntington;
 - Fibrose cística;
 - Anemia falciforme;
 
A discussão sobre a edição genética de embriões humanos volta ao centro do debate científico, prometendo reacender dilemas éticos sobre os limites da biotecnologia. A proposta da Manhattan Genomics desafia a ideia de que a triagem embrionária seria suficiente para a maioria das doenças hereditárias, levantando a questão do investimento em tecnologia para “melhorar” os bebês.
Conclusão
A CEO Cathy Tie declarou que, apesar das críticas, não pretende desistir. Com mais de 150 cientistas se candidatando para trabalhar na startup nas primeiras 24 horas, a discussão sobre a edição genética em embriões humanos se intensifica, exigindo uma avaliação cuidadosa por parte dos reguladores.



