Uma mulher de 25 anos foi presa em São Paulo na madrugada desta quinta-feira, sob suspeita de participação na execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em Praia Grande na última segunda-feira. Dahesly Oliveira Pires é acusada de transportar um fuzil utilizado no crime, da Praia Grande até o ABC Paulista, entregando a arma a outro investigado.
A prisão ocorreu após Dahesly prestar depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na capital paulista. Segundo informações, a polícia solicitou e obteve da Justiça um mandado de prisão temporária. A suspeita já possui antecedentes criminais por tráfico de drogas e teria um relacionamento amoroso com um dos principais suspeitos do homicídio.
Durante o depoimento, Dahesly alegou desconhecer o conteúdo da sacola que transportou, mas a versão não convenceu os investigadores. Após o exame de corpo de delito, ela foi encaminhada ao 6º Distrito Policial, onde permanece detida aguardando a audiência de custódia, prevista para ocorrer ainda hoje.
O Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, comentou a prisão em suas redes sociais: “Temos a primeira prisão relacionada ao assassinato do Dr. Ruy”, afirmou. “Trata-se de uma mulher de 25 anos, presa temporariamente, responsável por levar da Praia Grande para a região do ABC um dos fuzis usados no crime. A polícia segue trabalhando para prender todos os envolvidos.”
As investigações apontam que familiares e testemunhas ligadas aos suspeitos já foram ouvidos. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos endereços da capital e da Grande São Paulo, resultando na apreensão de objetos que serão periciados. A polícia trabalha com diversas linhas de investigação para elucidar o caso.
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil e secretário de Administração de Praia Grande, foi assassinado quando seu carro foi interceptado por criminosos armados com fuzis. Imagens mostram o veículo colidindo com um ônibus e capotando antes da execução do ex-delegado. Os autores do crime fugiram em seguida.
Fontes era conhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e era considerado um alvo prioritário da facção criminosa. As autoridades investigam se o crime foi motivado por retaliação do PCC ou se está relacionado às funções que Fontes exercia na Prefeitura de Praia Grande. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) está colaborando com as investigações.
Fonte: http://revistaoeste.com
