Partidos de esquerda organizaram manifestações em diversas cidades brasileiras, expressando forte oposição ao projeto de lei de Anistia e à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Prerrogativas. Os atos, marcados por discursos inflamados, reuniram militantes desde as primeiras horas da manhã em diversas capitais. A hostilidade permeou os protestos, evidenciada por cânticos e palavras de ordem.
A principal linha de frente dos manifestantes foi a crítica ao Congresso Nacional, considerado um “inimigo do povo”. Esse discurso ecoa a narrativa já conhecida de polarização política, alimentada principalmente por setores ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT), criando um clima de antagonismo entre diferentes grupos.
Em Salvador, um vídeo que circulou nas redes sociais mostra manifestantes gritando frases como “Fascista a gente queima”, acompanhado de danças e vestimentas vermelhas, cor emblemática do PT. Em Brasília, um boneco inflável representando o ex-presidente Jair Bolsonaro foi exibido em frente ao Museu da República, em meio a bandeiras do partido.
O senador Humberto Costa (PT-PE) compartilhou imagens do ato em Brasília em suas redes sociais, acompanhadas da declaração: “Não haverá trégua a golpistas e entreguistas”. A mensagem do senador reforça a forte oposição do partido às medidas em discussão no Congresso, indicando que o debate em torno desses temas deve permanecer acalorado.
Outras capitais como Belo Horizonte, Maceió, Natal, Manaus e Belém também registraram manifestações contra as propostas do Legislativo, demonstrando o alcance nacional da mobilização. A aprovação da urgência da anistia na Câmara dos Deputados, com 311 votos favoráveis, representou uma vitória para a oposição e uma derrota para o governo Lula.
Após a aprovação da urgência da anistia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, expressou críticas às aprovações da urgência da anistia e da PEC das Prerrogativas, chegando a apagar a postagem pouco tempo depois. “Sou totalmente contrário a essas propostas, que não fazem o menor sentido”, escreveu o ministro, em uma demonstração da divisão dentro do próprio governo sobre o tema.
A PEC das Prerrogativas, relatada pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA), também foi alvo de intensos debates e críticas. A proposta estabelece o voto secreto na análise de pedidos encaminhados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para processar criminalmente deputados e senadores. A decisão de pautar a emenda aglutinativa que estabeleceu o voto secreto foi criticada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que ameaçou acionar o STF contra a aprovação do dispositivo.
Fonte: http://revistaoeste.com


