Ranking de aposentadorias: Brasil é um dos piores do mundo

Análise do envelhecimento e aposentadoria no Brasil revela desafios

Ranking de aposentadorias: Brasil é um dos piores do mundo
Ranking de aposentadorias: Brasil fica em 40º lugar entre 44 países. Fonte: Global Retirement Index 2025/Natixis

O Brasil ocupa a 40ª posição em ranking de aposentadorias, refletindo preocupações com o envelhecimento da população.

Neste domingo, o tema da redação do Enem foi “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, que trouxe à tona a situação preocupante do Brasil no ranking de aposentadorias. O país ocupa a 40ª posição entre 44 nações, segundo o Índice Global de Aposentadoria da gestora Natixis, evidenciando os receios financeiros enfrentados por idosos, especialmente em relação à aposentadoria.

O índice, que está na sua 13ª edição, revela que o Brasil apenas supera países como China, Turquia, Colômbia e Índia. Essa avaliação é baseada em 18 indicadores agrupados em quatro subíndices: meios materiais para viver confortavelmente na aposentadoria; acesso a serviços financeiros; serviços de saúde de qualidade; e um ambiente limpo e seguro.

Indicadores do índice: como o Brasil se posiciona

Os pesquisadores calcularam que o Brasil apresenta um desempenho insatisfatório em vários desses subíndices. No “Bem-estar Material”, a pontuação é de apenas 27%, enquanto que em Saúde é de 52%, em Finanças é de 59% e, por fim, em Qualidade de Vida, 62%. A média geral do Brasil no índice é de 48%, o que indica uma necessidade urgente de políticas públicas que melhorem a situação dos aposentados.

A Noruega, por sua vez, lidera o ranking, seguida pela Irlanda, que avançou significativamente desde 2017, quando estava na 16ª posição. A Islândia e a Dinamarca completam os cinco primeiros lugares, enquanto a Alemanha ocupa a 8ª posição, destacando-se entre as maiores economias. A classificação da Alemanha deve-se principalmente ao seu desempenho em Bem-estar Material, que é resultado de um menor índice de desemprego e um aumento na renda per capita.

O desafio da informalidade no trabalho

Um aspecto alarmante identificado pela Natixis é a vulnerabilidade dos trabalhadores informais, que são os mais afetados financeiramente ao envelhecer. Muitos destes não têm acesso a pensões governamentais e a economia acumulada é escassa. Isso gera preocupações, especialmente considerando que o trabalho informal é prevalente em diversas economias, tanto desenvolvidas quanto emergentes.

Os autores do estudo alertam que a baixa cobertura previdenciária dos trabalhadores informais pressiona os governos a compensar déficits por meio de impostos mais altos ou taxas de contribuição no sistema formal. Essa dinâmica cria um ciclo vicioso que torna a formalização ainda mais difícil.

Políticas públicas e a necessidade de mudança

Para melhorar a situação previdenciária, é essencial criar políticas e programas que tornem o trabalho formal mais atraente tanto para empregadores quanto para empregados. Um exemplo bem-sucedido na América Latina é o Simples Nacional, que visa simplificar o registro e a tributação para pequenos negócios. Além disso, o programa Microempreendedor Individual (MEI), implementado em 2008, facilitou a formalização de pequenos empresários, permitindo acesso a benefícios como previdência social.

Entre 2008 e 2013, mais de 2 milhões de trabalhadores autônomos e microempreendedores conseguiram sair da informalidade devido a esses programas, embora a formalização tenha desacelerado após duas recessões. Contudo, a participação nos programas continua crescendo, impulsionando a arrecadação tributária e melhorando a cobertura previdenciária.

Conclusão

A análise do Índice Global de Aposentadoria revela que o Brasil precisa urgentemente de reformas para melhorar a qualidade de vida e a segurança financeira de sua população idosa. Sem ações efetivas, o futuro dos aposentados no país poderá ser ainda mais preocupante.

Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br

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