Relatório do MP do Rio classifica mortes em megaoperação como atípicas

Dois corpos apresentaram lesões não convencionais, conforme análise do Ministério Público

Relatório do MP do Rio classifica mortes em megaoperação como atípicas
Imagem ilustrativa. Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

Ministério Público do Rio aponta lesões atípicas em corpos de mortos durante megaoperação policial.

Megaoperação no Rio e o relatório do MP sobre as mortes

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou um relatório que classifica duas das 121 mortes ocorridas durante a megaoperação policial, realizada em 28 de outubro, como “atípicas”. A investigação, que está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou detalhes preocupantes sobre as circunstâncias em que ocorreram essas mortes, que levantam questões sobre a atuação da polícia na região.

Lesões atípicas identificadas em corpos

O relatório, elaborado pela Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (DEDIT), indica a presença de “lesões atípicas” em dois corpos analisados. De acordo com o documento, a primeira lesão observada era caracterizada por disparos de arma de fogo a curta distância, enquanto a segunda apresentava um ferimento por decapitação, possivelmente causado por um instrumento cortante ou corto-contundente. Essas descobertas contrastam com as demais lesões, que eram típicas de disparos de armas de fogo de alta energia, como fuzis.

Contexto da megaoperação

A megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, foi desencadeada para combater o tráfico de drogas e a atuação de milícias. O clima de insegurança na região é alarmante, com a população vivendo sob constante risco. O MP destaca que a maioria dos mortos era do sexo masculino, com idades variando entre 20 e 30 anos, e todos foram atingidos por projéteis de armas de fogo. Além disso, muitos dos corpos apresentavam uniformes camuflados e equipamentos táticos, o que sugere um envolvimento direto em atividades ilícitas.

Reações e investigações em andamento

A atuação da polícia na operação gerou um forte debate na sociedade e entre autoridades. O MP solicitou que sejam analisadas as gravações das câmeras corporais de alguns policiais envolvidos na ação, buscando esclarecer as circunstâncias que levaram aos óbitos. A necessidade de uma investigação minuciosa é vista como crucial para garantir a transparência e a responsabilização em casos de violência policial.

Conclusão

A revelação das lesões atípicas nas mortes da megaoperação no Rio de Janeiro não apenas levanta dúvidas sobre a conduta policial, mas também destaca a urgência de uma discussão mais ampla sobre a segurança pública e os métodos utilizados pelas forças de segurança. O relatório será fundamental para as próximas etapas da investigação e pode influenciar as políticas de segurança adotadas na região.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles

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