Em resposta às críticas e à falta de apoio federal, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), adotou um tom assertivo. Após uma megaoperação contra o Comando Vermelho, Castro declarou que o estado não se lamentará pela ausência de auxílio e desafiou o governo federal a se juntar ao combate à criminalidade. “Ou soma ou suma”, disparou o governador, sinalizando uma postura independente diante da crise de segurança.
Castro enfatizou que o Rio de Janeiro está aberto a colaborações construtivas de todas as esferas de governo. No entanto, ele advertiu que não tolerará interferências ou politização do problema. “Quem quiser somar com o Rio de Janeiro nesse momento no combate a criminalidade é bem-vindo”, afirmou, deixando claro que o estado seguirá em frente com ou sem o apoio da União.
A declaração surge em meio a um embate entre o governo estadual e o Ministério da Justiça sobre o envio de forças federais. Enquanto Castro alega que o Rio enfrenta o crime organizado “sozinho”, o ministério contesta, afirmando ter atendido às solicitações de apoio. O governador, por sua vez, argumenta que pedidos anteriores foram negados, levando o estado a buscar soluções autônomas.
“Nós já entendemos que a política é de não ceder… A gente entendeu que a realidade é essa e a gente não vai ficar chorando pelos cantos”, explicou Castro. Ele mencionou a dificuldade em obter blindados da Marinha, exemplificando a falta de colaboração federal. A insistência em envolver servidores federais na operação dos equipamentos também foi um ponto de discórdia.
Em busca de uma solução, Castro revelou ter conversado com membros do governo federal, incluindo o ministro Rui Costa (Casa Civil). Segundo o governador, o governo federal está avaliando estratégias de atuação no Rio de Janeiro, e um contato para definir os próximos passos é aguardado ainda nesta quarta-feira. Resta saber se a nova postura do governo estadual resultará em uma mudança na relação com a União no combate ao crime.
Fonte: http://jovempan.com.br
