Dados do IBGE revelam disparidades salariais entre diferentes grupos ocupacionais no Brasil

Salários de gerentes, militares e intelectuais superam a média nacional, revelando desigualdades salariais.
Salários de gerentes e militares mostram disparidade em relação à média nacional
A média salarial de todas as pessoas ocupadas no Brasil em 2024 foi de R$ 3,208 mil. Entretanto, cargos hierárquicos superiores, como gerentes e militares, alcançaram rendimentos muito superiores. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE, diretores e gerentes obtiveram, em média, R$ 8,721 mil mensais. Os membros das Forças Armadas, assim como policiais e bombeiros, também se destacaram, recebendo R$ 6,749 mil. Profissionais das ciências e intelectuais estão logo em seguida, com uma média de R$ 6,558 mil.
Desigualdade salarial por cor e gênero
O estudo do IBGE também revelou a desigualdade salarial por cor, raça e gênero. As pessoas de cor ou raça branca apresentaram rendimentos habitualmente mais altos em todos os grupos ocupacionais analisados. Em média, o rendimento de pessoas de cor ou raça preta ou parda representou apenas 60,3% do rendimento das de cor ou raça branca. A desigualdade se intensificou em determinados grupos, como aqueles da agropecuária, onde a diferença chegou a 49,1%. Por outro lado, entre os membros das Forças Armadas, a proporção foi de 87,1%.
Diferenças salariais entre homens e mulheres
A desigualdade salarial também se estende ao gênero. Em 2024, o rendimento médio das mulheres foi de apenas 78,6% do que os homens receberam. No entanto, no grupo de militares, as mulheres superaram os homens, atingindo 112,4% do rendimento masculino. Nos demais grupos, as mulheres apresentaram as menores rendas, com destaque para os trabalhadores qualificados e artesãos, onde a proporção foi de apenas 63,8%.
Nível de instrução impacta os rendimentos
Outro fator relevante é o nível de instrução. Nos grupos ocupacionais com os maiores rendimentos, como diretores e gerentes, a porcentagem de pessoas com Ensino Superior completo alcançou 23,4% em 2024, com os profissionais das ciências atingindo 90%. Já os técnicos e profissionais de nível médio apresentaram taxas de instrução mais baixas, refletindo suas médias salariais. Por fim, os grupos com menores rendimentos apresentaram altas porcentagens de pessoas com nível de instrução até o ensino fundamental completo.
O estudo do IBGE destaca a necessidade de políticas públicas que abordem essas desigualdades, assegurando que todos os trabalhadores tenham acesso a rendimentos justos e oportunidades iguais, independentemente de cor, raça ou gênero.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte: Fonte: IBGE



