Senadora Soraya Thronicke pede investigação sobre atuação de advogados dos réus do 8 de janeiro

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) solicitou, durante a sabatina de Paulo Gonet na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (12), uma investigação sobre a conduta de advogados que representam os réus e condenados pelos atos de 8 de janeiro em Brasília. A solicitação da senadora levanta questionamentos sobre a ética e a motivação por trás da defesa dos acusados.

Thronicke expressou preocupação com a repetição de argumentos nas defesas e o uso dos casos para autopromoção política e arrecadação de fundos nas redes sociais. A senadora também levantou a suspeita de que alguns advogados possam estar acobertando clientes foragidos, o que agravaria ainda mais a situação.

A senadora questionou a uniformidade das narrativas apresentadas pelos réus, sugerindo um possível conluio por trás das defesas. “Todo mundo que pegou o primeiro ônibus, estava tendo uma excursão de graça, pegou o primeiro ônibus sozinho, não conhecia ninguém. A narrativa se repete com réus de norte a sul do país, assistidos por advogados de todos os lugares do Brasil. Parece-me que há alguém ou um conluio por trás deste tipo de comportamento”, afirmou a senadora.

Além disso, Soraya Thronicke declarou que alguns defensores estariam priorizando os interesses de Jair Bolsonaro em detrimento dos de seus próprios clientes. “A impressão que me dá é que não estão defendendo os seus clientes. Porque ninguém fala o nome Jair Bolsonaro. Estão na defesa de Jair Bolsonaro. Por isso é necessária uma investigação acurada”, argumentou.

Para complementar a denúncia, a senadora informou que o advogado Vitor Panchorra já havia encaminhado uma representação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), solicitando uma apuração por parte do Conselho de Ética. “Estou fazendo publicamente essa denúncia e muito triste porque são meus colegas. Mas, do jeito que defendo a OAB na CPMI, aqui preciso destacar os profissionais que, na minha observação técnica, impõem um ponto de interrogação enorme”, concluiu Thronicke.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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