Manifestações ocorrem após a divulgação do relatório que expõe questões críticas na agência

Servidores da Abin criticam a direção da agência após a divulgação de um relatório que revela desafios críticos.
Críticas à direção da Abin após divulgação de relatório
Os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) voltaram a criticar a direção da instituição, atualmente sob o comando de Luiz Fernando Corrêa, após a divulgação do relatório ‘Desafio de Inteligência’ em 3 de dezembro de 2025. Este documento expõe uma situação crítica que a agência enfrenta, levando a manifestações de descontentamento.
A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) publicou uma nota ressaltando que os desafios atuais são, na verdade, muito maiores do que os apresentados no relatório. A insatisfação se concentra não apenas na gestão, mas também em questões como o orçamento reduzido, que é o menor nos últimos 14 anos, e a crise no sigilo de identidade dos funcionários da instituição.
Desafios apontados no relatório ‘Desafio de Inteligência’
De acordo com a edição de 2026 do relatório, a Abin identificou que os principais desafios para o setor no próximo ano incluem as eleições de 2026, a evolução da inteligência artificial (IA), a interferência externa e o combate ao crime organizado. Estes fatores foram destacados como cruciais para a eficácia do serviço de inteligência brasileiro.
As novas declarações de servidores contra o atual diretor vão ao encontro de episódios anteriores de insatisfação quanto à condução da Abin. A crise se intensificou desde 2023, quando a agência deixou de ser controlada por militares e passou a ser vinculada à Casa Civil, sinalizando uma mudança significativa na sua gestão e operação.
Contexto histórico e mudanças na Abin
A transição da Abin para a Casa Civil foi vista como uma tentativa de modernização e maior integração com as políticas de segurança do governo. No entanto, essa mudança gerou desconforto entre os servidores, que sentem que a autonomia e os recursos da agência foram comprometidos.
Os servidores da Abin preveem uma possível greve e ações legais para contestar a gestão de Corrêa. A situação atual levanta questões sobre a eficácia da agência em cumprir sua missão de manter a segurança nacional em um cenário cada vez mais complexo.
A situação da Abin reflete uma realidade mais ampla sobre a segurança e a inteligência no Brasil, onde desafios internos e externos exigem uma abordagem mais robusta e bem financiada para garantir a proteção do país. Os profissionais da inteligência expressam a necessidade de um comprometimento mais sério por parte da direção e do governo para enfrentar as dificuldades que estão à frente.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: colorida mostra a Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin



