Sete países muçulmanos se opõem à tutela externa em Gaza

Reunião em Istambul destaca autogoverno palestino

Sete países muçulmanos se opõem à tutela externa em Gaza
Prédios destruídos no campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza

Sete países muçulmanos se reúnem em Istambul e pedem autogoverno para Gaza, rejeitando tutela externa.

Nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, em Istambul, sete países muçulmanos se reuniram para discutir o futuro de Gaza, onde pediram que o território seja governado exclusivamente pelos palestinos e rejeitaram qualquer forma de tutela externa. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, declarou: “O povo palestino deve se autogovernar e garantir sua própria segurança.”

Reunião de ministros e propostas

Os ministros, que incluíram representantes da Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Paquistão e Indonésia, enfatizaram a necessidade urgente de reconstrução em Gaza e o retorno dos deslocados, sem a imposição de um novo sistema de tutela. Fidan, após o encontro, expressou seu desejo por uma rápida reconciliação entre o Hamas e a Autoridade Palestina de Mahmud Abbas, com o objetivo de fortalecer a representação palestina na comunidade internacional.

Críticas à situação atual

Durante a reunião, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou a postura de Israel desde o início do cessar-fogo em 10 de outubro, apontando que o Hamas parece comprometido com o acordo. Erdogan também apelou à Liga Árabe e à OCI para que assumam um papel de liderança na ajuda humanitária e na reconstrução de Gaza.

Desafios para a estabilização

Embora a Turquia tenha expressado interesse em participar de uma força internacional de estabilização em Gaza, Israel manifestou sua rejeição à participação turca, considerando o país muito próximo ao Hamas. O chanceler israelense, Gideon Saar, afirmou que apenas países considerados “imparciais” devem integrar essa força. Além disso, uma equipe turca de resgate aguarda autorização para entrar em Gaza para colaborar nas buscas por corpos, incluindo de israelenses.

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