Análise revela resiliência e novas estratégias em meio a desafios de mercado

O setor madeireiro brasileiro encerra 2025 com resiliência e mira em um futuro promissor em 2026.
Setor madeireiro encerra 2025 com resiliência em meio a desafios regulatórios
O setor madeireiro brasileiro encerra 2025 demonstrando uma incrível capacidade de adaptação em um cenário repleto de tarifas e exigências regulatórias. Esse diagnóstico foi apresentado no episódio 21 do Podcast WoodFlow, onde Gustavo Grein Cavalcanti, diretor da Somapar, e Marcelo Wiecheteck, head de Desenvolvimento Estratégico da STCP, discutiram as perspectivas para 2026. A resiliência e o profissionalismo das empresas brasileiras se destacaram ao longo de 2025.
Desempenho do mercado de compensados e a necessidade de diversificação
O desempenho deste ano evidenciou uma dinâmica diferente, especialmente no mercado de compensados. Cavalcanti destacou que as tarifas e o EUDR estão influenciando a necessidade urgente de diversificação. “O mercado passou por uma inversão. Durante a pandemia, o produto comoditizado estava valorizado. Agora, produtos personalizados estão ganhando destaque”, enfatizou.
Impacto das tarifas e a cautela do mercado americano
O impacto das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos foi um tema central da conversa. Inicialmente, os compradores americanos adotaram uma postura cautelosa, resultando em cancelamentos de pedidos. “No início do tarifaço, todos cancelaram. Chegamos a retirar mercadorias do porto”, relatou Cavalcanti. Com o tempo, alguns compradores começaram a repor estoques, embora de forma limitada.
Desafios e oportunidades com o EUDR
O EUDR, que entrará em vigor em breve, também foi debatido. Marcelo Wiecheteck ressaltou que o setor madeireiro brasileiro está bem posicionado devido ao uso de espécies plantadas e certificações, mas ainda existem dúvidas sobre os detalhes exigidos pelos compradores europeus. “Estamos a um mês das primeiras entregas que precisam atender o EUDR. Há indefinições sobre quem exige e quem precisa comprovar”, explicou.
A maturidade do setor madeireiro
A análise de 2025 reafirma a resiliência do setor. “O Brasil possui um setor forte e preparado. As empresas se organizaram e ajustaram suas rotas”, destacou Gustavo Milazzo, da WoodFlow. Para 2026, a expectativa é de que o mercado se acomode, onde decisões sobre produção e estoques serão cruciais para a competitividade futura.
Conclusão: Cautela e eficiência como chaves para o futuro
O setor madeireiro brasileiro, frente às adversidades, mostra-se maduro e adaptável. A cautela e a eficiência serão fundamentais para a continuidade do crescimento em 2026. As decisões tomadas agora influenciarão a posição competitiva no próximo ciclo, reforçando a importância de uma abordagem estratégica para os desafios que estão por vir.



