STF analisa caso dos “kids pretos” envolvidos em plano contra Lula e Moraes

Julgamento de réus do núcleo 3 da trama golpista ocorre nesta terça-feira

STF analisa caso dos "kids pretos" envolvidos em plano contra Lula e Moraes
Julgamento dos "kids pretos" no STF. Foto: Reprodução/TV Senado

O STF inicia julgamento de réus do núcleo 3 da trama golpista, conhecidos como "kids pretos".

STF inicia julgamento de réus do núcleo dos “kids pretos”

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, nesta terça-feira (11/11), os réus do núcleo 3 da trama golpista, conhecidos como “kids pretos”. O julgamento é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que está lendo o relatório sobre as acusações.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo, formado por oito militares e um policial federal, teria participado de ações como monitoramento e planejamento de ataques contra autoridades. O grupo é dividido em três frentes de atuação: planejamento de assassinatos de autoridades, pressão sobre a cúpula das Forças Armadas para aderir ao golpe e propagação de desinformação sobre o sistema eleitoral.

Acusações e detalhes do plano

A PGR revelou que os réus do núcleo 3 elaboraram o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes. As investigações apontam que os militares monitoraram autoridades e discutiram estratégias para criar um clima de caos social que justificasse uma intervenção militar.

Entre os réus estão:

  • General Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira: acusado de dar aval aos planos golpistas e de incentivar Jair Bolsonaro a assinar um decreto de ruptura institucional.
  • Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima: apontado como autor de uma planilha detalhando as etapas do golpe e o planejamento de ataques.
  • Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira: acusado de monitorar autoridades e participar de reuniões sobre mobilização popular.
  • Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo: suspeito de integrar o grupo encarregado da neutralização de autoridades.
  • Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto: que teria participado de uma reunião em Brasília em 28 de novembro de 2022, pressionando generais a apoiar o golpe.
  • Coronel Fabrício Moreira de Bastos: acusado de atuar na pressão sobre comandantes militares.
  • Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior: que teria redigido uma carta para convencer a cúpula das Forças Armadas a apoiar a ruptura democrática.
  • Tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: colaborador na redação da mesma carta.
  • Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior: denunciado por incitação ao crime, mas com a acusação rebaixada por falta de provas.
  • Wladimir Matos Soares: um agente da Polícia Federal acusado de monitorar Lula e repassar informações sobre sua segurança a aliados de Bolsonaro.

Votação e consequências

Nove dos dez réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados. Se condenados, eles poderão enfrentar penas proporcionais à gravidade de suas participações na tentativa de golpe. O julgamento prosseguirá com os votos dos ministros programados para a próxima semana, nos dias 18 e 19 de novembro. Participam do julgamento, além de Moraes, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, presidente da Primeira Turma. O ministro Luiz Fux, que deixou o colegiado em outubro, não estará presente.

Recentemente, Moraes determinou medidas para que dois dos réus, Bernardo Romão Correa Neto e Rodrigo Bezerra de Azevedo, possam comparecer ao julgamento. O deslocamento foi autorizado apenas entre o local de custódia e o STF, sob escolta policial, e os réus estão proibidos de conceder entrevistas. Somente Rodrigo compareceu pessoalmente ao julgamento, acompanhado pela escolta do Exército.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Reprodução/TV Senado

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