A Primeira Turma analisa o caso dos 'kids pretos', envolvidos em plano de ataque a autoridades.

O STF analisa nesta quarta-feira o núcleo 3 da trama golpista, composto por militares e um policial.
STF retoma julgamento do núcleo 3 da trama golpista
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quarta-feira (12/11), a partir das 9h, o julgamento do chamado núcleo 3 da trama golpista, formado por militares do Exército e um policial federal, conhecidos como “kids pretos”. O grupo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado.
O julgamento faz parte da Ação Penal nº 2.696. De acordo com a denúncia apresentada pela PGR, o grupo teria atuado no monitoramento e no planejamento de ataques contra autoridades da República, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
O plano de ataque e suas consequências
Segundo a investigação da Polícia Federal, o núcleo foi responsável por elaborar o plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de figuras-chave do governo. A sessão desta quarta deve ser dedicada às sustentações orais das defesas de quatro réus: Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.
Na terça-feira (11/11), já haviam se pronunciado os advogados de outros réus, destacando a gravidade das acusações e a disposição da PGR em condenar a maior parte dos envolvidos. O tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior é o único que deve responder apenas por incitação ao crime, e não pelos cinco delitos iniciais.
Condução do julgamento
O presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, marcou a retomada do julgamento após pedido do relator das ações penais, ministro Alexandre de Moraes. Dino convocou sessões extraordinárias para os dias 11, 12, 18 e 19 de novembro, sempre das 9h às 12h, com sessões ordinárias nas tardes dos dias 11 e 18.
A expectativa é que o STF conclua o julgamento dos quatro núcleos formados por diferentes grupos envolvidos na tentativa de golpe até o fim de 2025. O ministro Moraes já havia destacado que a Corte visa encerrar todas as análises ainda neste ano, seja com condenações ou absolvições. Após o julgamento do núcleo 3, restará apenas o núcleo 2, que inclui o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Implicações legais e sociais
A PGR argumenta que a conduta de Araújo Júnior foi menos grave, desclassificando a denúncia para incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais, cuja pena prevista é de 3 a 6 meses de detenção. Este rebaixamento da acusação reflete a complexidade do caso e a maneira como as autoridades estão tratando a questão da segurança e da ordem democrática.
O desdobramento deste julgamento é crucial para entender como o sistema judiciário brasileiro lida com tentativas de desestabilização do governo e a proteção das instituições democráticas. A análise dos réus e suas ações pode servir de exemplo para futuras investigações e processos similares, reafirmando a importância da legalidade e da ordem pública no Brasil.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Reprodução/TV Senado




