Suspenso julgamento que pode cassar Cláudio Castro

Ministro do TSE pede vista após voto favorável à cassação

Suspenso julgamento que pode cassar Cláudio Castro
Cláudio Castro, alvo de julgamento no TSE. Foto: Cláudio Castro (PL-RJ) é acusado de abuso de poder político e econômico, irregularidades em gastos de recursos eleitorais e conduta proibida aos agentes público

Julgamento que pode resultar na cassação do governador Cláudio Castro foi suspenso após pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira.

O julgamento que pode levar à cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), foi suspenso nesta terça-feira (4), após o pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira. Essa solicitação ocorreu logo após o voto da relatora, a ministra Isabel Galloti, que se manifestou a favor da cassação, citando abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022.

Contexto do julgamento

De acordo com a relatora, as provas apresentadas demonstraram que as ações de Castro não foram isoladas, mas parte de uma estratégia de governo que envolveu atos normativos. A ministra ressaltou que as condutas analisadas são graves dentro do contexto eleitoral do estado. O TSE conta com a participação de seis outros ministros que decidirão se o pedido de cassação será aceito ou não. Para que o pedido seja acatado, é necessária a maioria dos votos.

Acusações contra Cláudio Castro

Cláudio Castro, que foi reeleito em 2022 com aproximadamente cinco milhões de votos, é acusado de irregularidades em gastos eleitorais e conduta proibida durante o período eleitoral. Ele nega todas as acusações e argumenta que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro já havia rejeitado as alegações por falta de provas. O governador defende a confiança na Justiça Eleitoral e destaca que o TRE-RJ julgou improcedentes as acusações.

Desdobramentos e possíveis consequências

O governador é alvo de duas ações que investigam abusos de poder nas eleições de 2022. Caso seu mandato seja cassado, o desembargador Ricardo Couto de Castro, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, assumiria o governo até novas eleições, que seriam indiretas se a cassação ocorrer a menos de seis meses do fim do mandato. Uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro revelou que os envolvidos no caso tinham movimentações financeiras suspeitas, totalizando R$ 248 milhões.

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