Taxa de juro é a principal preocupação, diz vice-presidente da Caixa

Marcos Brasiliano Rosa afirma que Brasil não enfrenta crise de renda ou emprego

Taxa de juro é a principal preocupação, diz vice-presidente da Caixa
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Marcos Brasiliano Rosa destaca que a alta da taxa de juro é o maior desafio atual.

Taxa de juro elevada e suas implicações nas finanças pessoais

A taxa de juro, atualmente em 15% ao ano, é o principal fator de preocupação nas finanças pessoais da população brasileira, segundo o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa Econômica Federal, Marcos Brasiliano Rosa. Em apresentação realizada em São Paulo nesta quinta-feira (27), ele enfatizou que não há crise de renda ou emprego no país, mesmo com o aumento do índice de inadimplência.

Balanço do terceiro trimestre da Caixa

Durante a apresentação, Brasiliano destacou que a Caixa registrou um lucro líquido contábil de R$ 3,8 bilhões, representando um crescimento de 15,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024 e de 50,3% em comparação a setembro do ano passado. O executivo afirmou que a saúde financeira da instituição proporciona segurança para enfrentar desafios atuais.

Situação do endividamento e inadimplência

Embora o índice de inadimplência tenha aumentado de 2,66% em junho para 3,01% em setembro, ele ainda se mantém abaixo da média do mercado, que varia de 3,79% a 4,12%. Brasiliano observou que o aumento da inadimplência é mais preocupante devido à taxa de juros elevada do que à quantidade de pessoas em dificuldade financeira. Dessa maneira, ele ressaltou a importância da gestão adequada da carteira de crédito da Caixa, que possui 78,4% das operações classificadas como C1 e C2, indicando boa qualidade de pagamento.

Setores mais afetados pela inadimplência

O agronegócio foi o setor que mais contribuiu para o aumento da inadimplência, subindo de 7,02% para 11,20%. O setor comercial também apresentou crescimento na inadimplência, de 8,23% para 8,95%, enquanto o setor imobiliário viu uma leve elevação de 2,66% para 3,01%. Esses números indicam uma preocupação crescente entre os credores em relação à capacidade de pagamento dos tomadores de crédito.

Expectativas para o futuro

O vice-presidente da Caixa também falou sobre as expectativas de redução da taxa de juros em 2026, o que poderá ajudar a aliviar a situação da inadimplência no Brasil. Brasiliano expressou confiança na continuidade da dinâmica de concessão de crédito da instituição, afirmando que a Caixa está segura em sua estratégia de captação e aplicação de recursos, sem riscos estruturais em sua operação. Com isso, ele acredita que o banco poderá enfrentar os desafios impostos pela alta taxa de juro sem comprometer sua estabilidade financeira.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *