O governo dos Estados Unidos elevou a tensão diplomática com o Brasil ao revogar o visto do Advogado-Geral da União, Jorge Messias. A informação, divulgada inicialmente pela Reuters, repercute em Brasília e levanta questionamentos sobre o futuro das relações bilaterais. A medida surge em um momento delicado, com outras autoridades brasileiras também sob risco de terem seus vistos cancelados.
Fontes em Washington indicam que o governo americano planeja estender as sanções a mais cinco autoridades brasileiras, ligadas tanto ao governo Lula quanto ao Judiciário. Os nomes permanecem em sigilo, mas a expectativa é de que sejam divulgados em breve, aumentando a pressão sobre o cenário político e jurídico nacional.
A revogação do visto de Jorge Messias não é um caso isolado. Em julho, os EUA já haviam suspendido os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de outros sete integrantes da Corte, indicando uma escalada nas medidas punitivas.
Entre os ministros do STF que perderam o direito de entrar nos EUA estão nomes como Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, também teve seu visto suspenso. André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista.
Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a inclusão de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, nas sanções financeiras e territoriais da Lei Global Magnitsky, intensificando o cerco ao ministro e seu entorno. O caso continua em desenvolvimento e novas informações serão adicionadas à medida que estiverem disponíveis.
Fonte: http://revistaoeste.com

