Um grave acidente na BR-277, na Serra da Esperança, entre Guarapuava e Prudentópolis, ceifou a vida de uma pessoa e interditou a rodovia nesta terça-feira (2). A colisão, que envolveu diversos veículos, reacendeu a urgência da duplicação do trecho, uma demanda antiga da região. A deputada estadual Cristina Silvestri (PP) lamentou o ocorrido e reforçou o pedido para que a obra seja priorizada.
Silvestri, uma das principais vozes na defesa da duplicação, ressaltou que a tragédia demonstra a necessidade imediata de ação. “É um trecho onde vidas continuam sendo perdidas enquanto aguardamos decisões que já deveriam ter sido tomadas”, declarou a deputada, evidenciando a frustração com a lentidão do processo. Estatísticas alarmantes reforçam a gravidade da situação.
Dados levantados pela parlamentar revelam que, nos últimos cinco anos, foram registrados 359 acidentes no trecho entre o Viaduto de Guarapuava e o Trevo do Relógio. O saldo trágico inclui 45 mortes e 403 feridos. Essa média alarmante representa um acidente a cada cinco dias, uma pessoa ferida a cada quatro dias e uma morte a cada 40 dias.
A deputada Silvestri também destaca os prejuízos econômicos decorrentes das frequentes interdições na BR-277. Estimativas conservadoras apontam que paralisações médias de 1h30 por caminhão podem gerar um prejuízo acumulado de R$ 79 milhões em apenas três meses. Caso a situação persista por nove meses, o impacto negativo pode alcançar a cifra de R$ 207 milhões.
Visando acelerar a duplicação, a deputada liderou uma audiência pública em Guarapuava na última semana. O encontro reuniu diversos representantes da sociedade civil, incluindo sindicatos rurais, cooperativas, entidades empresariais e órgãos de segurança pública. Ao final da audiência, foi elaborado um documento com demandas urgentes a serem encaminhadas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O documento solicita a autorização imediata para que a concessionária EPR antecipe o início da duplicação, com prioridade para a Serra da Esperança. Pede também a atualização do cronograma contratual com prazos objetivos e mecanismos de acompanhamento social, além da consideração formal de dados da PRF, estudos da UFSC e informações da concessão anterior. O documento, após colher assinaturas de diversas instituições e transportadoras, será entregue à ANTT em Brasília.
