Entenda as condenações e os réus envolvidos na tentativa de golpe após as eleições de 2022

Ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus começam a cumprir pena por envolvimento em trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta terça-feira (25/11) o trânsito em julgado da ação penal 2668, relacionada à trama golpista que envolveu figuras proeminentes da política brasileira. Com essa decisão, os réus da ação começam a cumprir as penas determinadas pelo tribunal. Entre eles, destaca-se o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já se encontra preso desde o último sábado (22/11).
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma organização criminosa que tentou realizar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele cumprirá sua pena na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), no Distrito Federal, local onde já está detido. O ex-presidente é um dos principais nomes do que se considera o núcleo crucial da trama golpista.
Além de Bolsonaro, outros réus também foram condenados e estão iniciando o cumprimento de suas penas. O almirante Almir Garnier, por exemplo, foi condenado a 24 anos e ficará detido na Estação Rádio da Marinha em Brasília. Já o general Augusto Heleno cumprirá pena no Comando Militar do Planalto, com uma condenação de 21 anos.
O general Paulo Sérgio Nogueira, que também está ligado à trama, foi condenado a 19 anos e cumprirá sua pena no mesmo local que Heleno. Outro general, Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, já estava preso preventivamente e agora seguirá na Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, após ser condenado a 26 anos.
Uma situação notável é a do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que ainda não foi localizado para o cumprimento de sua pena. Ele está nos Estados Unidos e é considerado foragido da Justiça. Essa fuga levanta questões sobre a eficácia das investigações e a possibilidade de sua eventual captura.
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi o último a ser preso nesta terça-feira. A Polícia Federal o encontrou após buscas em sua residência e o prendeu em seu escritório. Torres também está vinculado à trama e cumprirá pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha.
Por outro lado, o tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens da Presidência, não será preso devido aos benefícios de sua delação premiada. Ele foi condenado a apenas dois anos de reclusão em regime aberto, podendo cumprir medidas cautelares que incluem ficar em casa e não deixar o país.
Com essas condenações, o caso reflete a gravidade da tentativa de golpe e as consequências legais enfrentadas pelos envolvidos. A decisão do STF representa um marco na luta contra a impunidade e poderá ter desdobramentos significativos na política brasileira.
As investigações continuam, e a sociedade aguarda o desenrolar deste caso que marcou a história recente do Brasil. A análise das ações judiciais neste contexto é crucial para entender as repercussões políticas e sociais das decisões tomadas pelo STF e as responsabilidades dos envolvidos na trama golpista.
Fonte: www.metropoles.com


