Tribunal francês critica gestão do Louvre por falhas em segurança

Relatório aponta priorização de aquisições em detrimento da segurança do museu

Tribunal francês critica gestão do Louvre por falhas em segurança
Foto: LOUVRE

Relatório revela que o Louvre priorizou aquisições em vez de investir em segurança, levantando preocupações sobre a proteção das obras.

Em 6 de novembro de 2025, um relatório do Tribunal de Contas da França revelou que a gestão do Museu do Louvre entre 2018 e 2024 priorizou aquisições de obras em vez de investir em segurança. O documento critica a falta de investimentos em proteção, especialmente após o roubo das joias da Coroa.

Falhas de segurança e roubos

O Tribunal de Contas destacou que o roubo das joias da Coroa é um sinal de alerta sobre a insuficiência das medidas de segurança do museu. Entre 2018 e 2024, o Louvre mobilizou 105,4 milhões de euros para a aquisição de obras, enquanto apenas 26,7 milhões foram destinados à manutenção e 59,5 milhões à restauração do palácio. A gestão do museu recebeu cerca de nove milhões de visitantes em 2024, 80% deles estrangeiros.

Respostas da administração

A ministra da Cultura, Rachida Dati, concordou com a urgência das obras de segurança, mas não compartilhou integralmente a crítica sobre a política de aquisições do museu. A direção do Louvre, por sua vez, afirmou que aceita a maioria das recomendações do Tribunal, mas acredita que o relatório ignora várias ações de segurança já implementadas.

Encaminhamentos futuros

O conselho de administração do Louvre se reunirá em caráter de urgência para discutir as recomendações do Tribunal. Quatro suspeitos pelo roubo foram presos, e as joias ainda não foram recuperadas. O Tribunal também revisou um projeto de reforma do museu, que teve seu custo elevado para 1,15 bilhão de euros, considerando as necessidades de reforma do estabelecimento.

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