Em declarações a bordo do Air Force One neste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma possível redução nas tarifas impostas à China, mas estabeleceu condições claras para tal gesto. Pequim deve, segundo ele, retomar as compras de soja nos volumes anteriores e cessar o envio de fentanil para os EUA, temas centrais nas negociações bilaterais em curso. Trump reiterou manter uma “ótima relação” com o presidente chinês, Xi Jinping, demonstrando uma estratégia de negociação que alterna pressão e acenos diplomáticos.
O presidente americano enfatizou ainda sua preocupação em relação ao controle de terras raras pela China, afirmando que não deseja que o país asiático “jogue o jogo das terras raras conosco”. Ele classificou suas exigências como “muito normais” para considerar qualquer alívio nas sobretaxas. A declaração surge em um momento de tensões comerciais persistentes entre as duas maiores economias do mundo, com impactos significativos no comércio global.
Além das questões comerciais, Trump abordou a situação no Oriente Médio, afirmando que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas permanece em vigor, apesar de possíveis ações de rebeldes dentro do grupo. “Talvez a liderança do Hamas não esteja envolvida nisso, mas, de qualquer forma, lidaremos com isso de forma dura, porém correta”, declarou. A resposta cautelosa indica uma postura de vigilância em relação à instabilidade na região.
Trump também comentou sobre a delicada situação econômica da Argentina, expressando preocupação com a crise enfrentada pelo país sul-americano. “A Argentina está morrendo”, disse o presidente, manifestando o desejo de oferecer assistência. Ele mencionou a possibilidade de Washington comprar carne argentina, embora tenha minimizado o impacto dessa medida.
O presidente concluiu afirmando que várias nações da América do Sul estão “saindo do socialismo e nos procurando”, indicando uma percepção de crescente alinhamento ideológico com os Estados Unidos na região. As declarações de Trump abrangem uma variedade de temas globais, desde o comércio internacional até a geopolítica e a economia, refletindo a complexidade dos desafios enfrentados pela administração americana.
Fonte: http://jovempan.com.br
