Donald Trump estaria considerando uma viagem à América do Sul, com o Brasil como destino, para um encontro pessoal com Jair Bolsonaro. A informação, divulgada inicialmente pela Folha de S.Paulo, partiu de interlocutores próximos ao ex-presidente americano e ganhou força com o apoio de figuras do círculo bolsonarista.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo teriam ventilado a possibilidade, com Figueiredo mantendo contato com o entorno de Trump. Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, chegou a sugerir publicamente a visita: “Nada vence o próprio testemunho. Que tal uma visita do Donald Trump ao Presidente Jair Bolsonaro na sua casa para que ambos evidenciem uma ‘Química Perfeita’ atualizando a prosa?”.
Wajngarten enfatizou que, diante da atual situação de Bolsonaro, um encontro teria caráter simbólico e político. Ele mencionou a possibilidade de Trump testemunhar os problemas de saúde do ex-presidente, sequelas do atentado de 2018, embora ressalte que se trata apenas de uma ideia pessoal, sem negociações concretas.
Enquanto isso, Lula da Silva protagonizou uma aproximação com Trump durante a Assembleia-Geral da ONU em Nova York. Na ocasião, Trump teria expressado ter sentido uma “química excelente” com o presidente brasileiro, sinalizando abertura para um novo encontro. Lula confirmou o interesse em prosseguir com as conversas.
Essa troca de gentilezas entre Lula e Trump teve reflexos imediatos na política comercial. O governo brasileiro suspendeu a análise de possíveis retaliações contra os Estados Unidos, uma decisão tomada pelo Comitê-Executivo de Gestão a pedido do Planalto, pouco antes do discurso de Trump na ONU, demonstrando o impacto da relação bilateral.
