Valorização das terras rurais no Brasil

Preço por hectare varia entre R$ 1 mil e R$ 400 mil

Valorização das terras rurais no Brasil
Foto: Divulgação

O mercado de terras rurais no Brasil apresenta preços que variam de R$ 1 mil a R$ 400 mil por hectare, impulsionado pela demanda crescente por alimentos e pela valorização internacional.

Impulsionado pelo fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e China e o crescimento da demanda por alimentos, o mercado brasileiro de terras rurais com aptidão para a pecuária apresenta opções de propriedades que atendem a estratégias variadas, seja em relação ao preço, localidade ou diversificação com outras produções. Os preços oscilam de R$ 1.000,00 até R$ 413.223,14 por hectare, segundo o Índice Chãozão.

Fatores que influenciam os preços

As diferenças de preços estão relacionadas a fatores como localização e infraestrutura, características do solo e topografia, além da disponibilidade de terra. A valorização recente reflete diretamente o impacto da procura dos chineses no mercado imobiliário rural brasileiro, conforme afirma Geórgia Oliveira, CEO da empresa Chãozão.
Ainda segundo o levantamento, a região Centro-Oeste se destaca, concentrando o maior número de propriedades com aptidão pecuária disponíveis na plataforma, liderando em estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Propriedades e rebanhos

Os Estados com mais imóveis rurais disponíveis para pecuária incluem:

  • São Paulo (1080 propriedades)
  • Mato Grosso do Sul (622)
  • Goiás (430)
  • Mato Grosso (415)
  • Minas Gerais (303)
  • Tocantins (290)

Os municípios que mais se destacam são Itapetininga e São José dos Campos em SP, seguidos por Camapuã e Ribas do Rio Pardo em MS.
Em 2024, Mato Grosso deve liderar o rebanho bovino nacional com cerca de 32,9 milhões de cabeças, seguido por Goiás e Mato Grosso do Sul.

Inovação e sustentabilidade

A região Centro-Oeste não apenas é líder em produção, mas também tem avançado em práticas de sustentabilidade e inovação, adotando sistemas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que melhora a eficiência produtiva e reduz impactos ambientais.
Além disso, a demanda crescente por áreas na região do Matopiba, considerada a nova fronteira agrícola do país, atrai investidores em busca de ativos com potencial de valorização.

O futuro do agronegócio brasileiro

Com a expectativa de que 80% do crescimento do consumo de alimentos no mundo nos próximos 20 anos será atendido por ingredientes produzidos no Brasil, o país se posiciona como um ativo estratégico para investidores nacionais e internacionais. A combinação de um aumento na demanda global e o interesse por terras produtivas reafirma o papel do Brasil na segurança alimentar global.
Geórgia conclui que o Brasil não apenas alimentará grande parte do mundo no futuro, mas também se tornará protagonista nas decisões geopolíticas ligadas à segurança alimentar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *