Venezuela suspende acordo energético com Trinidad e Tobago após chegada de navio de guerra dos EUA

Decisão ocorre em meio a tensões militares e políticas na região

Venezuela suspende acordo energético com Trinidad e Tobago após chegada de navio de guerra dos EUA
A decisão foi anunciada após a chegada de um navio de guerra dos EUA. Foto: MADURO

A Venezuela suspendeu um acordo energético com Trinidad e Tobago após a chegada de um navio de guerra dos EUA.

Venezuela suspende acordo energético com Trinidad e Tobago

A Venezuela anunciou nesta segunda-feira (27) a suspensão do acordo energético que mantinha com Trinidad e Tobago, após a chegada de um navio de guerra dos Estados Unidos para exercícios militares no Caribe. A decisão, confirmada pela vice-presidente Delcy Rodríguez, ocorre em um momento de crescente tensão entre os dois países e reflete as preocupações de Caracas sobre a segurança nacional.

Motivos da suspensão

O presidente Nicolás Maduro descreveu as manobras militares conjuntas entre Washington e Port of Spain como uma “ameaça”. Durante seu programa semanal de televisão, ele declarou: “Aprovei a medida cautelar de suspensão imediata de todos os efeitos do acordo energético. Está tudo suspenso!”. Desde a chegada do contratorpedeiro USS Gravely (DDG-107), as relações bilaterais se deterioraram ainda mais, especialmente com a autorização dos EUA para a exploração de gás em áreas próximas à fronteira venezuelana.

Reação de Trinidad e Tobago

A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, respondeu à decisão de Caracas afirmando que seu país “não está sujeito a chantagens políticas”. Ela enfatizou que o futuro de Trinidad e Tobago não depende da Venezuela. A tensão aumentou após a acusação de Rodríguez de que Persad-Bissessar estaria colaborando com planos dos EUA, transformando o território trinitário em uma “colônia militar americana”.

Contexto das operações militares

O USS Gravely permanecerá em Trinidad e Tobago até 30 de outubro, participando de operações antidrogas na região. O governo venezuelano alega que desmantelou uma “célula criminosa” ligada à CIA, com planos de atacar o navio, o que intensifica as preocupações sobre a segurança na área. As operações militares dos EUA já resultaram em várias mortes em ataques a embarcações suspeitas de tráfico no Caribe e Pacífico.

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