Vereador questiona samba em homenagem a Lula e aciona Procuradoria Eleitoral por propaganda antecipada

Um vereador de Vinhedo, São Paulo, Malcon Mazzucatto (PL), provocou debate ao apresentar uma representação formal à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) contra o presidente Lula e a escola de samba Acadêmicos de Niterói. A alegação central é que o samba-enredo, criado em homenagem ao presidente, configura propaganda eleitoral antecipada e abuso de poder econômico, em desacordo com a legislação eleitoral.

De acordo com o documento protocolado, o vereador argumenta que a composição da escola de samba ultrapassa os limites da expressão artística, transformando-se em uma campanha de exaltação pessoal de um potencial candidato à reeleição. Mazzucatto também aponta para o uso de símbolos associados ao Partido dos Trabalhadores (PT), incluindo o gesto e a frase “Faz o L”, elementos proeminentes na música.

Mazzucatto questiona o financiamento público das escolas de samba, afirmando que agrava a situação, pois as escolas do Rio de Janeiro receberam aproximadamente R$ 110 milhões em recursos públicos neste ano. “Quando uma escola de samba, financiada com dinheiro público, promove a imagem de quem ocupa o mais alto cargo da República e já é pré-candidato à reeleição, não se trata mais de arte, mas de campanha eleitoral disfarçada”, declarou o vereador.

A representação encaminhada à PGE enfatiza o amplo alcance das transmissões do Carnaval, argumentando que essa visibilidade transforma o samba em um instrumento de propaganda política de grande escala. “A transmissão televisiva e digital do Carnaval transforma o samba em um verdadeiro jingle político de alcance nacional, rompendo o princípio da igualdade entre os concorrentes”, disse.

Diante disso, o vereador solicita que a Procuradoria determine a suspensão da divulgação do samba-enredo em plataformas digitais e que sejam tomadas medidas preventivas junto às emissoras que planejam transmitir o Carnaval de 2026. Ele também pede a apuração de possível abuso de poder econômico e comunicacional, visando “resguardar a legitimidade das eleições e impedir que o dinheiro público financie propaganda antecipada travestida de cultura popular”.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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