O Ministério Público de Goiás (MPGO) intensificou a pressão sobre a Wepink Cosméticos, empresa da influenciadora Virginia Fonseca, ao ingressar com uma ação judicial que busca enquadrar a companhia por práticas consideradas abusivas contra os consumidores. A medida surge em meio a um crescente volume de queixas e denúncias relacionadas à marca.
Segundo o MPGO, a empresa acumula um número alarmante de reclamações, ultrapassando 90 mil registros apenas em 2024 no site Reclame Aqui. Adicionalmente, foram formalizadas 340 denúncias no Procon Goiás, abrangendo o período entre 2024 e 2025, evidenciando a extensão dos problemas enfrentados pelos consumidores.
A ação judicial apresentada ao Tribunal de Justiça de Goiás destaca um ponto crucial: a admissão pública, por parte dos sócios da Wepink, de que produtos foram vendidos sem a devida disponibilidade em estoque. Essa confissão teria ocorrido durante transmissões ao vivo (lives) nas redes sociais, prática comum na estratégia de vendas da empresa.
Em uma das gravações utilizadas como prova pelo MP, o sócio Thiago Stabile teria afirmado: “A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês”. O MP interpreta essa declaração como uma confissão de que as vendas superaram a capacidade de entrega da empresa, caracterizando uma prática abusiva.
Diante do elevado número de reclamações e das evidências apresentadas, o Ministério Público busca responsabilizar a Wepink pelas alegadas práticas abusivas, visando a proteção dos direitos dos consumidores e a regularização das operações da empresa.
