Previdência e Salários Consomem 60% do Orçamento Federal, Revela Estudo

Um estudo inédito da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em colaboração com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) revela um dado alarmante sobre a alocação de recursos públicos no Brasil. De acordo com o levantamento, impressionantes 60% dos gastos do Governo Federal destinam-se ao pagamento da Previdência Social e despesas com pessoal, incluindo encargos sociais.

Os dados, obtidos com exclusividade pelo Broadcast Político, detalham como a maior parte do orçamento nacional é direcionada para essas duas áreas. O estudo analisou cerca de 60 itens de custo distintos, agrupando-os em 28 categorias. Destas, 11 classificações se destacam por representarem a fatia mais expressiva dos gastos da máquina pública.

A coleta de dados para este mapeamento foi realizada a partir de informações públicas da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), organizadas em uma plataforma online chamada “Gasto Brasil”. Essa ferramenta, idealizada por Cláudio Queiroz e com o aval do presidente do Ipea, Erik Alencar de Figueiredo, é atualizada em tempo real através de APIs, garantindo a precisão e a atualidade dos dados.

De fato, a Previdência e as despesas com pessoal se destacam como os principais consumidores de recursos públicos. Juntas, as 11 categorias mais relevantes absorvem 96% do Orçamento em nível nacional. Essa concentração de gastos levanta questões sobre a capacidade do governo de investir em outras áreas essenciais, como infraestrutura, saúde e educação.

“Tanto os gastos com pessoal – remuneração de servidores ativos e encargos sociais obrigatórios – quanto as despesas previdenciárias, que incluem aposentadorias e pensões do INSS, também contemplam sentenças judiciais e os precatórios”, aponta o estudo. A complexidade do sistema previdenciário e a crescente demanda por benefícios contribuem para o aumento constante desses gastos.

Além da Previdência e dos salários, o estudo também aponta outras categorias de gastos relevantes, como as políticas de assistência social, incluindo o Bolsa Família, o Seguro-Desemprego e o Abono Salarial. Outros dispêndios incluem despesas discricionárias e créditos extraordinários (com exceção do PAC), assim como as aplicações obrigatórias em saúde e educação.

A análise também menciona os gastos de custeio e capital do Legislativo, Judiciário, Ministério Público da União e Defensoria Pública da União. A distribuição dos recursos públicos entre essas diferentes áreas levanta debates sobre prioridades e a necessidade de otimização dos gastos governamentais para garantir o desenvolvimento sustentável do país.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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