O “AeroFla”, evento organizado pela torcida do Flamengo para se despedir do time antes do Mundial de Clubes, foi marcado por protestos acalorados contra o meio-campista Gerson. A insatisfação da torcida se deve à iminente transferência do jogador para o Zenit, da Rússia. O jornalista André Kfouri, da ESPN, criticou duramente a atitude dos torcedores, defendendo a liberdade de escolha profissional do atleta.
“É a decisão de um jogador, de jogar em outro lugar. Quem tem o direito de opinar sobre uma decisão profissional e pessoal de outro?”, questionou Kfouri durante o programa SportsCenter. O jornalista condenou a hostilidade direcionada a Gerson, argumentando que o jogador tem o direito de decidir sobre seu futuro profissional sem ser alvo de ataques.
Durante o protesto, torcedores do Flamengo distribuíram notas falsas de R$ 3 com o rosto de Gerson, acompanhadas de palavras como “judas”, “mercenário” e “traidor”. Além disso, cânticos ofensivos foram entoados contra o jogador, demonstrando a indignação de parte da torcida com a possível transferência para o futebol russo.
Kfouri rebateu as críticas, lembrando a contribuição de Gerson para as conquistas recentes do Flamengo. “Quem são os defensores da instituição? Para falar de um jogador que atuou, suou, fez gol, deu assistência, se machucou. Um jogador que deixou suas impressões digitais nas taças que o Flamengo ganhou recentemente. Menos, bastante menos”, completou o jornalista, defendendo o legado do jogador no clube.
A repercussão do caso reacendeu o debate sobre o direito dos jogadores de escolherem seus caminhos profissionais e os limites da cobrança por parte da torcida. A atitude de parte dos torcedores do Flamengo gerou críticas e defesas, evidenciando a complexa relação entre jogadores, clubes e seus fãs.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
