Assembleia Legislativa homenageia umbandistas no Dia da Umbanda

Cerimônia destaca a importância da liberdade religiosa e valoriza a cultura afro-brasileira

Assembleia Legislativa homenageia umbandistas no Dia da Umbanda
Cerimônia no Plenário da Assembleia Legislativa. Foto: Valdir Amaral/Alep

Assembleia Legislativa do Paraná celebra o Dia da Umbanda com homenagens a lideranças religiosas.

Assembleia Legislativa celebra o Dia da Umbanda com homenagens

No dia 12 de outubro, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realizou uma cerimônia em homenagem ao Dia da Umbanda, que será celebrado em todo o Brasil no próximo sábado (15). A proposta do evento foi do deputado estadual Gilberto Ribeiro (PL), que abriu a sessão com a tradicional expressão “Sob a proteção de Olorum”, enfatizando a necessidade de proteger a liberdade religiosa e combater a intolerância.

Durante o evento, Ribeiro compartilhou sua experiência pessoal com a fé umbandista, que surgiu durante sua luta contra o câncer. Ele destacou a importância do respeito à diversidade religiosa, afirmando que permitir que cada um viva sua religiosidade é fundamental.

A cerimônia também prestou homenagem aos esforços da Federação Umbandista do Estado do Paraná (Fuep), fundada em 1968, que tem atuado na preservação das tradições afro-brasileiras e na promoção da inclusão. Mãe Silvana, presidente da Fuep, considerou a homenagem como uma oportunidade de empoderamento para a comunidade, ressaltando que a umbanda faz parte do conjunto de religiões na sociedade.

Crescimento da Umbanda no Brasil

O Censo de 2022 do IBGE revelou que as religiões afro-brasileiras, incluindo a umbanda e o candomblé, representam 1,05% da população brasileira, um crescimento significativo desde 2000, quando eram apenas 0,09%. No Paraná, 58,5 mil pessoas (0,59%) seguem essas religiões, com 21.242 em Curitiba (1,34%), um aumento expressivo em comparação a 3.526 em 2000. A região Sul é a que concentra o maior percentual de adeptos, com 1,6%.

Mãe Silvana destacou que a sociedade está se tornando mais aberta em declarar sua identidade religiosa, permitindo que umbandistas e candomblecistas se apresentem socialmente sem medo. Pai Geverson de Xangô, diretor administrativo da Fuep, reforçou a importância do respeito entre as religiões, mencionando a discriminação que os adeptos ainda enfrentam.

Intolerância religiosa e resistência

Apesar do crescimento, a comunidade umbandista ainda enfrenta desafios relacionados à intolerância religiosa. Em 2024, a maioria das 2,4 mil denúncias de discriminação registradas pelo Ministério dos Direitos Humanos foram direcionadas a praticantes de umbanda e candomblé. Ivânia Ramos dos Santos, da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, elogiou o trabalho da comunidade umbandista em conscientização e defesa dos direitos das minorias.

Pai Jimmy de Iemanjá, presidente do Conselho Deliberativo da Fuep, afirmou que o reconhecimento da Fuep pela Assembleia representa um passo significativo para a defesa das religiões de matrizes africanas e para as futuras gerações de umbandistas. Durante a cerimônia, foram entregues menções honrosas a 35 pessoas que contribuem para a valorização da umbanda no Paraná, além do Prêmio Axé a quatro personalidades que se destacaram na promoção da cultura afro-brasileira.

O evento foi uma celebração da cultura umbandista e um chamado à reflexão sobre a importância do respeito mútuo entre as diferentes crenças que compõem a diversidade religiosa do Brasil.

Fonte: www.assembleia.pr.leg.br

Fonte: Valdir Amaral/Alep

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