A escolha gera reações entre oposição e governo

A indicação de Guilherme Derrite para relatar o PL Antifacção provoca divisão entre os deputados na Câmara.
Na madrugada do dia 10 de novembro de 2025, a Câmara dos Deputados enfrenta uma nova controvérsia com a indicação de Guilherme Derrite (PL-SP) para relatar o Projeto de Lei (PL) Antifacção. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez a escolha que já provoca divisões entre os deputados, gerando apoio entre parlamentares da oposição e críticas de governistas.
A indicação foi feita na última sexta-feira, dia 7 de novembro, e rapidamente o novo relator divulgou seu primeiro parecer sobre a proposta. Derrite, que recentemente deixou a secretaria de Segurança Pública de São Paulo para reassumir seu cargo na Câmara, optou por não incluir a fusão do texto do governo com outro projeto que equipara facções criminosas a organizações terroristas, um ponto que gerava intensos debates.
Propostas de Guilherme Derrite e reações
Apesar de ter descartado a fusão solicitada, Derrite sugeriu que ações armadas e de controle territorial promovidas por facções sejam punidas com penas de 20 a 40 anos de prisão. Essa proposta, embora severa, foi vista como insuficiente por alguns deputados que defendem medidas ainda mais rigorosas. A escolha de Derrite, por sua vez, provocou reações polarizadas. Enquanto o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou apoio, afirmando que a proposta “está em boas mãos”, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), classificou a indicação como um desrespeito ao presidente Lula, o que evidencia a tensão entre os grupos políticos.
O impacto do PL Antifacção na agenda legislativa
Com as discussões sobre o PL Antifacção agendadas para esta terça-feira, dia 11 de novembro, a expectativa é que a votação seja adiada devido à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que começa em Belém, PA, neste mesmo dia. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, deve liderar uma articulação para preservar o texto original do Executivo, que é considerado uma prioridade do governo Lula.
Derrite, em seu parecer, já apontou “fragilidades” no texto enviado pelo governo, o que pode complicar ainda mais a sua aprovação. As reações nas redes sociais continuam a crescer, refletindo a complexidade do debate em torno deste projeto que promete impactar a forma como o Brasil enfrenta o crime organizado.
Desdobramentos e desafios futuros
Os próximos dias serão cruciais para o futuro do PL Antifacção. A articulação política em torno do projeto deve intensificar-se, especialmente com a liderança de Gleisi Hoffmann, que busca garantir que os interesses do governo sejam mantidos. O cenário atual é de incerteza, com a divisão entre os deputados refletindo um embate maior entre diferentes visões sobre segurança pública e a forma de lidar com facções criminosas.
À medida que a Câmara dos Deputados se prepara para discutir este tema polêmico, a expectativa é que novos desdobramentos surjam, moldando o debate político e a agenda legislativa do país.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com




