Do Cascão ao Jardim Irene: Relembre os Momentos Inesquecíveis do Penta em 2002

Enquanto a seleção brasileira se prepara para amistosos na Ásia, a memória do pentacampeonato mundial de 2002, sediado na Coreia do Sul e no Japão, ressurge com força total. A conquista, a última do Brasil em Copas do Mundo, completa 30 anos, e as histórias daquela campanha épica continuam a emocionar e inspirar.

Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, a seleção, apelidada de “Família Scolari”, superou a desconfiança inicial e construiu uma trajetória vitoriosa. A união do grupo foi fundamental para superar as dificuldades enfrentadas nas Eliminatórias e para alcançar o tão sonhado título.

Ronaldo Fenômeno, artilheiro da Copa com oito gols, marcou o torneio não apenas pelo seu desempenho em campo, mas também pelo seu icônico corte de cabelo, apelidado de “Cascão”. A ousadia do atacante virou febre entre crianças de todo o mundo, e sua imagem permanece viva na memória dos torcedores.

A trilha sonora do penta também é inesquecível. A música “Deixa a Vida Me Levar”, de Zeca Pagodinho, embalou a seleção brasileira durante toda a competição, tornando-se um hino da conquista e um símbolo da alegria e da leveza que marcaram a campanha.

Além dos momentos de brilho individual, a Copa de 2002 também ficou marcada por lances polêmicos e curiosidades. A simulação de Rivaldo contra a Turquia, a arrancada de Denílson cercado por quatro turcos e a camisa de Cafu com a mensagem “100% Jardim Irene” são apenas alguns exemplos de momentos que entraram para a história do futebol brasileiro.

Contudo, nem tudo foi perfeito. A arbitragem também teve seu papel na campanha, com erros controversos que beneficiaram o Brasil em momentos cruciais, como o pênalti duvidoso marcado sobre Luizão na estreia contra a Turquia e o gol anulado da Bélgica nas oitavas de final.

Um dos lances mais comentados da Copa foi o gol de Ronaldinho Gaúcho contra a Inglaterra, nas quartas de final. A dúvida sobre se o craque tentou um cruzamento ou um chute direto para o gol de David Seaman permanece até hoje, alimentando debates e teorias entre os amantes do futebol. Em 2022, o próprio Ronaldinho admitiu que a intenção era finalizar, pois sabia que o goleiro inglês costumava se adiantar.

Na final contra a Alemanha, Edmilson protagonizou uma cena inusitada ao rasgar sua camisa e ter dificuldades para vestir a nova. O momento, que gerou aplausos e sorrisos no estádio, simboliza a descontração e o espírito leve que marcaram a trajetória da seleção brasileira rumo ao pentacampeonato.

Ao erguer a taça, Cafu homenageou suas origens ao exibir uma camisa com os dizeres “100% Jardim Irene”, em referência ao bairro da periferia de São Paulo onde cresceu. O gesto emocionante reforçou a importância da humildade e da perseverança na busca pelos sonhos.

Curiosamente, um dia antes da final, a FIFA elegeu Oliver Kahn como o melhor jogador do Mundial. No entanto, a atuação de gala de Ronaldo na decisão, com dois gols que garantiram o título, mudou a história da premiação, que a partir de 2006 passou a ser entregue após o último jogo do torneio.

Outro fato marcante da campanha foi a goleada sobre a China por 4 a 0, com gols de Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno, todos jogadores com nomes iniciados pela letra “R”. Uma coincidência que reforçou o brilho daquela seleção.

Relembrar os momentos da Copa de 2002 é reviver a emoção de uma conquista histórica e celebrar o talento de uma geração que marcou o futebol brasileiro. Marcos, Rogério Ceni, Dida, Lúcio, Anderson Polga, Roque Júnior, Cafu, Roberto Carlos, Belletti, Junior, Edmilson, Gilberto Silva, Kleberson, Vampeta, Ricardinho, Ronaldinho Gaúcho, Denílson, Juninho Paulista, Kaká, Ronaldo Fenômeno, Rivaldo, Edílson e Luizão: os heróis do penta.

Fonte: http://esporte.ig.com.br

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