Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do TSE, faz declarações em depoimento na CCJ

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do TSE, afirma que Moraes pedia relatórios sobre Carla Zambelli em depoimento. O caso envolve denúncias de perseguição política.
Na última quarta-feira (17/09/2025), Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pedia, por meio de juízes auxiliares, relatórios sobre as redes sociais da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). Tagliaferro, que chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE entre agosto de 2022 e maio de 2023, relatou que o monitoramento ocorria com frequência e que Zambelli era um dos principais alvos, o que configurava uma “perseguição ativa”.
Declarações do ex-assessor
Tagliaferro mencionou que recebia pedidos constantes para investigar qualquer menção a Zambelli nas redes sociais, afirmando que “era uma perseguição ativa, constante”. Ele declarou: “Qualquer coisa que envolvesse Carla Zambelli em rede social acabava caindo no foco”. O ex-assessor foi ouvido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados como testemunha no processo que analisa a cassação da deputada.
Acusações contra Moraes
Além de suas acusações sobre o monitoramento, Tagliaferro também afirmou que Moraes fraudou relatórios para justificar operações contra empresários ligados ao bolsonarismo. Ele se tornou um crítico do ministro e revelou que está foragido na Itália, com um pedido de extradição enviado por Moraes ao Ministério da Justiça. Tagliaferro enfrenta várias acusações, incluindo violação de sigilo funcional e obstrução de justiça.
Situação de Carla Zambelli
Carla Zambelli, por sua vez, está presa na Itália aguardando o julgamento do pedido de extradição para o Brasil. Ela foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto. O processo de cassação de seu mandato tramita na CCJ e será votado pelo plenário da Câmara.
Na última quarta-feira (10/09), as testemunhas indicadas pela defesa de Zambelli começaram a ser ouvidas, e Delgatti confirmou que a deputada lhe ordenou a invasão do sistema do CNJ.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com




