Nova instituição será criada em Brasília e terá extensões em todos os estados
O governo federal criará uma universidade indígena até 17 de novembro, anunciou Lula durante visita a Santarém (PA).
Em 2 de novembro de 2025, durante visita à Aldeia Vista Alegre de Capixauã, em Santarém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal criará uma universidade indígena até o dia 17 de novembro. “Nós vamos anunciar uma universidade indígena, porque já temos uma ministra indígena, a Funai indígena, o chefe da saúde indígena, e falta uma universidade indígena”, afirmou Lula ao se reunir com lideranças do povo Kumaruara.
Estrutura da nova instituição
O presidente revelou que a sede da nova universidade será em Brasília, mas a proposta inclui a criação de extensões em todos os estados brasileiros. “Pra meninada fazer o curso próximo de onde mora e não precisar ir pra Brasília”, explicou. A agenda teve a participação das ministras Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente), além da presidente da Funai, Joenia Wapichana. Durante a roda de conversa, Lula prometeu avaliar pedidos da aldeia nas áreas de saúde, demarcação territorial, habitação, água e energia.
Novos programas e compromissos
Além da universidade, o presidente anunciou o programa “Minha Oca, Minha Vida”, voltado para moradias em comunidades indígenas, e se comprometeu a levar energia elétrica à região. Em seu discurso, Lula destacou que “ninguém já demarcou mais terra indígena do que nós”, embora reconheça que há muito a ser feito. Ele também enfatizou que tudo que o governo fez ainda é insuficiente, considerando o histórico de abandono das comunidades indígenas.
Importância da presença indígena
Recebido calorosamente na aldeia, Lula ressaltou que os indígenas foram ignorados por muito tempo e que sua presença é fundamental. “Eu vim aqui para dizer que vocês existem, têm dignidade, caráter e as mesmas necessidades que todo o povo brasileiro”, afirmou. O presidente encerrou a agenda de forma bem-humorada, ao brincar com as ministras sobre o prazo para atender às demandas da aldeia antes das próximas eleições.
