Nasry Asfura, apoiado por Trump, lidera eleição presidencial em Honduras

O ex-prefeito de Tegucigalpa tem 40,5% dos votos, superando seu concorrente Salvador Nasralla

Nasry Asfura, apoiado por Trump, lidera eleição presidencial em Honduras
Nasry Asfura vota em Tegucigalpa. Foto: Jovem Pan

Nasry Asfura lidera a votação presidencial em Honduras com 40,5% dos votos, seguido por Salvador Nasralla.

Nasry Asfura lidera as eleições presidenciais em Honduras

Nasry Asfura, de 67 anos, ex-prefeito de Tegucigalpa, é o candidato de direita apoiado por Donald Trump e lidera a apuração das eleições presidenciais em Honduras, realizada neste domingo (30 de novembro). Com 40,5% dos votos, Asfura supera seu principal concorrente, Salvador Nasralla, por uma margem de 1,5 ponto percentual, segundo resultados parciais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Contexto eleitoral e apoio dos EUA

As eleições ocorrem em um cenário tenso, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertando sobre a possibilidade de cortar a ajuda ao país caso Asfura não seja eleito. Apenas 42,65% das urnas haviam sido apuradas oito horas após o encerramento da votação, e a advogada de esquerda Rixi Moncada, do partido governante Livre, aparece em terceiro lugar, com mais de 20 pontos atrás de Asfura. Moncada afirmou que só aceitará o resultado após a contagem completa dos votos, que pode levar vários dias.

Reações e previsões

Nasralla, um apresentador de televisão e candidato do Partido Liberal, acredita que o resultado pode mudar. “É impossível determinar o vencedor com os dados que temos”, disse o analista político Carlos Cálix. As eleições em Honduras têm um histórico de fraudes e golpes, e a decisão dos eleitores pode ser um passo importante para a renovação da confiança no governo ou a continuação de uma política de direita.

A polarização política

Asfura e Nasralla, ambos com laços com os Estados Unidos, buscarão se aproximar de Taiwan, especialmente após a presidente Xiomara Castro ter restabelecido relações com a China em 2023. Durante a campanha, ambos os candidatos evitaram abordar questões críticas como pobreza, violência das gangues e corrupção, temas que preocupam os hondurenhos. O país é altamente dependente dos EUA, com 60% da população vivendo na pobreza.

Desafios para o futuro

Um dos principais desafios do próximo governo, independentemente de quem vencer, será a criação de empregos, em um país onde a informalidade atinge 70% do mercado de trabalho. Com instituições marcadas pela corrupção e pela influência do narcotráfico, o novo presidente enfrentará um ambiente político delicado, agravado pela polarização que se intensificou após o golpe de Estado de 2009. A situação das instituições políticas e a relação com as Forças Armadas também serão questões centrais para o futuro de Honduras.

Os hondurenhos, que somam quase 6,5 milhões de eleitores registrados, decidirão quem será o sucessor da presidente Xiomara Castro em um pleito que também define deputados e prefeitos para mandatos de quatro anos. O governo dos EUA afirmou que está acompanhando as eleições de perto, destacando a importância do processo democrático no país.

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