Paralisação na Embraer: Metalúrgicos de São José dos Campos Cruzam os Braços por Reajuste Salarial

Metalúrgicos da Embraer iniciaram uma greve na unidade de São José dos Campos (SP) nesta quarta-feira, impactando a produção da fábrica. A paralisação envolve cerca de 6 mil trabalhadores da linha de produção, de um total de 12 mil empregados na unidade. Setores administrativos e terceirizados seguem em atividade.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região lidera o movimento, buscando um reajuste salarial de 11% e o aumento do vale-alimentação para R$ 1 mil. A categoria também reivindica a formalização de uma convenção coletiva que assegure maior estabilidade no emprego. A proposta da Embraer, de reajuste de 5% baseado no INPC e vale-alimentação de R$ 420, foi rejeitada.

Além das questões salariais, o sindicato contesta a proposta da Embraer de reduzir o tempo de estabilidade para funcionários afastados por doenças ou acidentes de trabalho. “Esta greve mostra quanto os trabalhadores estão insatisfeitos com a política da Embraer”, declarou Herbert Claros, diretor do sindicato, enfatizando os lucros recordes da empresa.

A Embraer, por sua vez, expressou surpresa com a greve, afirmando que as negociações com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ainda estão em andamento. A empresa destacou que o sindicato não apresentou a última proposta aos trabalhadores, que inclui reajuste de 5,5% e aumento de 12,5% no vale-alimentação para quem recebe até R$ 11 mil.

Uma nova assembleia está agendada para o final da tarde, após a Embraer apresentar uma proposta revisada em resposta à paralisação. Segundo a empresa, as demais unidades da Embraer no país operam normalmente. A greve ocorre em um momento de crescimento para a Embraer, que recentemente anunciou a venda de 50 jatos E195-E2 para a Avelo Airlines por US$ 4,4 bilhões.

Fonte: http://revistaoeste.com

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