Sessão sobre Operação no Rio Degenera em Confronto entre Psol e PL na Câmara

A Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados se transformou em palco de intensos debates e acusações mútuas nesta terça-feira (28), com deputados do Psol e do PL protagonizando um acalorado confronto verbal. O estopim da discussão foi a operação realizada no Rio de Janeiro, que resultou em um elevado número de mortes nos complexos do Alemão e da Penha, reacendendo a polarização política em torno da segurança pública.

A polêmica teve início quando o presidente da comissão, deputado Paulo Bilynskyj (PL-RJ), encerrou a sessão sem permitir que a líder do Psol na Câmara, Talíria Petrone (RJ), se manifestasse. A decisão gerou indignação imediata por parte da parlamentar, que não hesitou em proferir duras críticas ao presidente da mesa, chamando-o de “moleque covarde” e “agressor de mulher”. Bilynskyj, por sua vez, manteve um semblante de ironia diante das acusações.

A temperatura da discussão elevou-se ainda mais quando apoiadores do PL provocaram a deputada Talíria com menções a “baile funk”, um tema frequentemente abordado pela parlamentar do Psol. Em resposta, Talíria rebateu: “Baile funk é bom demais. Sabe o que não é bom? Matar 70 pessoas no Rio de Janeiro, inclusive policiais”, demonstrando a tensão crescente no ambiente.

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) também se envolveu no embate, direcionando suas críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O seu presidente negou três pedidos do governador”, declarou Nogueira, citando declarações de Cláudio Castro (PL) sobre a suposta falta de apoio federal em operações anteriores. A troca de acusações escalou com referências a ex-presidentes e alegações de conivência com o crime organizado.

A operação policial, denominada Contenção, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes da segurança pública nas comunidades do Alemão e da Penha, com o objetivo de conter a expansão do Comando Vermelho. O governador Cláudio Castro classificou a ação como uma resposta firme à crescente ousadia do crime organizado no estado, mas a operação continua gerando debates acalorados sobre seus resultados e consequências.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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