O bolso do consumidor sente o impacto da inflação: o preço do café disparou 80,2% nos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. Esse aumento expressivo é o maior desde o início do Plano Real, em 1994, e coloca o café como um dos principais vilões da inflação no país.
A alta do café teve um peso considerável na inflação de abril, que fechou em 0,43%. Apesar da desaceleração em relação aos meses anteriores, o índice ainda é o maior para o mês desde 2023. A pressão inflacionária, no entanto, não se restringe ao café, atingindo diversos setores da economia.
De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços avaliados apresentaram inflação positiva em abril. Os destaques ficaram com Alimentação e Bebidas (0,82%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,18%), que juntos contribuíram com 0,34 ponto percentual para o IPCA total. Além do café, batata-inglesa (18,29%) e tomate (14,32%) também registraram aumentos significativos.
Mas por que o preço do café subiu tanto? O IBGE aponta fatores climáticos como a principal causa. O excesso ou a falta de chuvas têm prejudicado a produção agrícola, impactando diretamente o preço final do produto para o consumidor.
Adicionalmente, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumento de preço, saltou de 55% para 70% entre os alimentos. Esse dado reforça a percepção de que a pressão inflacionária está generalizada, exigindo atenção e medidas para conter seus efeitos no poder de compra da população.
Fonte: http://massa.com.br