Um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) denunciando um suposto esquema de fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) rapidamente viralizou, atingindo a marca de 100 milhões de visualizações em apenas 24 horas. A postagem, que ganhou força nesta quarta-feira (7), gerou grande repercussão e reacendeu o debate sobre a gestão e fiscalização dos recursos previdenciários.
O deputado aproveitou o alcance do vídeo para criticar o governo Lula (PT). Em um movimento estratégico, semelhante ao utilizado em campanhas anteriores, Ferreira incentivou seus seguidores a pressionarem os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pela instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. A pressão popular, segundo ele, é fundamental para garantir a transparência e responsabilização.
Ferreira questionou a destinação dos recursos e a forma como o governo pretende ressarcir as vítimas dos descontos indevidos. “As vítimas vão ressarcir o prejuízo das vítimas”, ironizou o deputado, levantando dúvidas sobre a origem dos fundos e a existência de um plano oficial de ressarcimento. Até o momento, o governo não apresentou detalhes sobre a estratégia de restituição dos valores.
Adicionalmente, o parlamentar estabeleceu uma conexão entre o aumento nos descontos associativos observados a partir de 2023, durante o primeiro ano do governo Lula, e a descontinuidade de medidas implementadas na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Essa correlação, no entanto, carece de comprovação definitiva, já que nem todos os descontos associativos são necessariamente irregulares.
Em resposta à intensa repercussão do vídeo, fontes do Palácio do Planalto informaram que o governo prepara uma reação. A estratégia e o conteúdo da resposta ainda não foram divulgados, mas a expectativa é de que o governo busque esclarecer os pontos levantados por Nikolas Ferreira e defender a atuação do INSS.
