Sofrimento da população no Sudão é denunciado pelo papa

Apelo por cessar-fogo e ajuda humanitária

Sofrimento da população no Sudão é denunciado pelo papa
Papa Leão XIV lidera a oração do Angelus da janela de seu escritório com vista para a Praça de São Pedro. Foto: AFP

O papa Leão XIV denunciou o "sofrimento inaceitável" da população no Sudão e pediu por um cessar-fogo.

Neste domingo (2), o papa Leão XIV reiterou seu apelo por um cessar-fogo e a “abertura urgente” de corredores humanitários no Sudão, onde a guerra civil já causou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados. Com grande dor, ele acompanhou as notícias trágicas que chegam da cidade de El Fasher, no martirizado Darfur setentrional, durante a oração do Angelus na praça de São Pedro, no Vaticano.

“Violências indiscriminadas contra mulheres e crianças, ataques a civis indefesos e graves obstáculos à ação humanitária estão causando sofrimentos inaceitáveis para uma população já esgotada por longos meses de conflito”, afirmou. O papa renovou seu chamado às partes envolvidas para um cessar-fogo e a abertura urgente de corredores humanitários.

Contexto da guerra no Sudão

Desde abril de 2023, a guerra no Sudão se intensificou, provocando uma crise humanitária severa, conforme relatado pela ONU. O conflito teve início a partir de uma luta de poder entre o general Abdel Fatah al Burhan, líder do Exército regular, e o general Mohamed Daglo, chefe das paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR).

Após 18 meses de cerco, as FAR tomaram em 26 de outubro a cidade de El Fasher, a última grande cidade de Darfur que estava fora de seu controle, resultando em uma onda de fuga de civis e relatos de violência contra a população.

Apelo do papa e repercussão

O clamor do papa por um cessar-fogo reflete a urgência da situação no Sudão e a necessidade de assistência humanitária imediata. Sua declaração visa sensibilizar a comunidade internacional para a gravidade da crise e a necessidade de ação conjunta para aliviar o sofrimento da população sudanesa.

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