A 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo MST, acontece no Parque da Água Branca, em São Paulo, de 8 a 11 de maio. O evento promete reunir cerca de 300 mil pessoas em torno de atividades artísticas, políticas e culturais, com foco na oferta de alimentos produzidos em acampamentos e assentamentos de todo o país. A feira busca promover a produção agroecológica e o debate sobre segurança alimentar.
Com a participação de mais de 2 mil membros do MST, a feira apresenta uma vasta gama de produtos, incluindo 500 toneladas de alimentos in natura e processados. Os visitantes terão a oportunidade de experimentar 11 novos produtos agroindustrializados e degustar 100 pratos da Culinária da Terra, destacando a diversidade da produção camponesa. Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, ressalta a importância do evento como espaço de luta e argumentação em favor da reforma agrária.
A feira também se propõe a ser um centro de conhecimento sobre alimentos saudáveis e agroecologia. “O acesso à terra, a reforma agrária não podem e nem devem ser assunto, demanda apenas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A realização da reforma agrária impacta o conjunto da sociedade”, enfatiza Débora Nunes. A programação inclui apresentações de 253 artistas de assentamentos e acampamentos, com mais de 30 performances culturais.
Além da vasta oferta de alimentos, a feira realizará a doação de 25 toneladas de produtos para 50 entidades da capital paulista. Haverá também a distribuição de sementes, no âmbito do plano nacional do MST Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, reforçando o compromisso com a produção sustentável e a segurança alimentar.
Márcio Santos, da coordenação nacional do MST, convida o público a vivenciar um ambiente de fraternidade e generosidade. “Aqui vão encontrar vida, dignidade, fartura. Comida em abundância, sucos em abundância”, garante Santos, destacando a proposta de um modelo alternativo de produção baseado no comércio justo e na defesa dos biomas. A feira estará aberta das 8h às 21h, oferecendo uma oportunidade única para conhecer a riqueza da produção camponesa e a cultura do MST.
